quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Continue a nadar!


Não cabe, teve de sair.
Não cabe, aprendi a dividir.
Transformando câncer em poesia para não morrer na monotonia.
Transformando a arte em remédio que é para não morrer de tédio.
Parei de usar drogas depois que resolvi amar.
Hoje vivo entorpecida e não consigo mais parar.
Sai da monotonia, sei que não morro mais de tédio mas não aceito porcaria.
Pois amar é droga fina, pois amar é mordomia.
Os pobres de espírito nunca entenderão.
Os ricos de dinheiro, com ele não a comprarão.
Hoje vivo só de amor, sem pedir licença, nem por favor.
Deixei o trabalho, namorado e a família.
Troquei por gargalhada alta e tempo para cheirar as flores, mudando o rumo em qualquer ventania.
Foi ontem que reparei, o botão que eu era se amadureceu e se abriu pro meu amor.
Pois de tanto mergulhar no raso, sei que meu mergulho já não mais lhe caberá.
Mergulho, por hora, no meu oceano infinito e particular.
Quem de amor quiser viver, aconselho: continue a nadar e con ti nu e a nadar!



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