quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Cartas ao Grande Amor

A carta de hoje é pra dizer que está tudo bem, tudo bem dentro da medida do possível!
Para que não te preocupes a mais do que com todas as preocupações que já tens.
Pralém disso queria dizer que ter tempo pra amar em um cenário tão desumano, de políticas mal feitas e chacinas cotidianas é um ato revolucionário.
Queria mesmo era ter a chance de estar nua contigo, em uma tribo, ter sido criada por todos, respeitando a natureza e contemplando os mistérios que só o tempo resolve em sua maestria.
Somos companheiros de guerrilha numa luta eterna pelo amor, camarada.
Somos sobreviventes brutos em uma sociedade em que tudo é polido para que tenha essa aparência cheia de encaixes e aforme para caber onde a solidão cria lacunas e camuflar nossos vazios.
Questionamos e decidimos ir atrás do óbvio descobrindo que ele não existe!
Persistimos e os questionamentos só aumentaram o que mudou foi a tranquilidade diante da incerteza que a vida sempre traz.
Nos movimentamos de uma ponta do continente a outra e pudemos presenciar maravilhas.
Precisamos caminhar todo esse tanto para lembrar que basta olhar para dentro e ter coragem de olhar dentro de outros olhos para ser fluente em uma linguagem universal, o amor.
O amor que sabe onde começamos e quando é hora de nos retirarmos.
O amor que dá e sabe a hora de receber.
O amor que abraça ao mesmo tempo que te empurra para que siga com passos firmes.
O amor que é romantizado demais por que não conhece sua força.
Mas nós conhecemos sua força, grande amor, e não esperamos as montanhas virem até nós, nós fomos por elas e por elas caminhamos com nossa tribo que está só começando.
Não quero ser repetitiva, mas quero que isso fique bem claro, amar nos tempo de hoje é um ato revolucionário e nós estamos apenas no começo dessa grande revolução.
Sigamos, por nós, pela tribo que construiremos para que os próximos tenham o privilégio que não tivemos, sigamos sempre por amor!
Eu te amo.