domingo, 16 de novembro de 2014

Umbigo!

Enquanto teus olhos se perdiam na tela brilhante do celular, eu fitava todo o teu corpo, passava um traço mental em todas as suas linhas e imaginava o parque de diversões particular que eu teria caso não existisse tecnologia.
Peguei meu celular pra falar com você, o celular vibrou e você sorriu. Puta que pariu!
Você bem na minha frente e eu incapaz de te fazer me olhar.
Queria mesmo era pegar no seu pau mas poderia parecer too much ou demasiado real.
Tudo bem, vamos com calma, não quero te assustar, afinal, hoje em dia quem arrisca se relacionar?
Vamos ter algo casual, sem sair do normal, eu gozo, você me espera, eu te vejo gozar, mesmo se você não me esperar. Acabou, vê a hora na pequena tela, passou tempo demais, começou a ficar real, hora de dar tchau! Amanhã a gente se fala caso eu não fique pensando em você e não sinta o risco de me enamorar...
Eu sozinha e você sozinho, na ilusão de companhia a cada som da campainha do celular.
Minha agenda de telefone, assim como a sua, um menu extenso de fast food com temperos químicos e glutamatomonossódio. Redes sociais com um leque de opções para transformar rapidamente todo o seu amor em ódio.
O que eu nunca te contei e que talvez você ainda não saiba é que fast food nunca matou fome. Ninguém é ensosso o suficiente pra gente falar que "come"!
Sabe, me sinto até um pouco hipócrita de escrever esse texto e publicar numa rede social, mas quem sabe assim, as palavras que falei ao vivo, escritas e compartilhadas, tenham um efeito viral.
É da real ação que surge uma relação, tudo isso que vivemos, foi teatro, história pra boi dormir, mergulho fundo em rio raso. É legal de lembrar, contar pro amigo, imaginar, mas na real idade, a vontade era de mais, de desligar o celular e permitir-se real acionar.
Eu mandaria um beijo no seu ombro, mas acho que prefiro te encontrar, dai eu te falo tudo que não escrevi por mensagens pois não faria sentido se não fosse ao pé do ouvido, dai eu pergunto dos teus medos e sonhos e dou risada do teu umbigo. Umbigo, que não enxergo pela tela do celular!



terça-feira, 4 de novembro de 2014

Vulcão!

Em plena erupção.
Vou transformando tudo em fogo, avançando e queimando com cuidado tudo que tá parado, chato e embotado.
Sou rocha com fogo da transformação, amor que liberta amarração! Sou rocha, fogo e lava de vulcão.
Pois quando explodo me derreto até teus pés e te consumo aos poucos, comento cada centímetro do teu corpo.
Mas não esfria, se nosso fogo apagar, se nossa lava empedrar, já não haverá mais distinção.
Seremos juntos a mesma rocha do vulcão, prontos para derreter no fogo de uma próxima erupção e beijar os pés de outros que ainda não gozaram a natureza da explosão!


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Deixa que eu te mostro o que não tem explicação!

Que seria o amor se não a ausência da razão?
Que seria o amor se não a única razão?

Agora vem, deixa de bobeira, vem na brincadeira!
Permita-se ao erro, vem sentir meu cheiro, andar na contra-mão.
Vem que no erro mora o acerto e só se faz o caminho ao caminhar.

Deixa teus medos de lados, larga mão de insegurança, segura na minha e dança essa dança.
Deixa meus beijos por cima, me preenche de você e pede pro patrão parar de encher.

Vem que eu te emprego no meu negócio, vem sem brincadeira!
Permita-se empreender a si mesmo, teremos amor para dar e vende, ninguém vai passar vontade.
E quem nunca entendeu, entenderá, só com o amor eu vou te explicar o que não tem explicação.

Deixa que eu te mostro o que não tem explicação!
Deixa que eu te mostro o que não tem explicação...